e mërkurë, 15 nëntor 2006

Grandezas Insignificantes

"Eu já perdoei erros imperdoáveis, tentei substituir pessoas insubstituíveis e esqueçer pessoas inesquecíveis. Já fiz coisas por impulso, já me decepcionei com pessoas com as quais nunca me pensei decepcionar, mas também ja decepcionei alguém. Já abraçei para proteger, ri quando nao podia, fiz amigos eternos, amei e fui amado, mas também já fui rejeitado, fui amado e nao amei. Já gritei e pulei de tanta felicidade, já vivi de amor e fiz juras eternas! Já chorei a ouvir música e a ver fotos, já telefonei só para ouvir uma voz, apaixonei-me por um sorriso, já pensei que fosse morrer de tanta saudade e tive medo de perder alguém especial (e acabei por perder)! Mas vivi! E ainda vivo! Bom é ir á luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida vale demais para ser insignificante!"

Charlie Chaplin

e premte, 10 nëntor 2006

És tu, Amor?

Quem és tu que espreitas por entre as árvores e vens com doces palavras falar-me de Amor? Quem és tu que sem dó me roubas de mim mesma, sem pedidos nem consentimentos pra no fim, glorioso, sentires que sou um país que conquistaste?
Chegas manso, no casco de um navio, e entras por mim como em uma praia calada, trazendo delicados sons e misteriosas luzes.
Não. Não és um mistério. És de quem eu estava á espera. Sabia que virias mas nunca te imaginei tão sereno... sonhei-te pérolas e brilhos, tambores e trompetes. És seda afinal. E suave luz.
Quente e doce. És tu.
Quase eu.
Nem sei qual dos cheiros é meu ou teu. Somos cheiro a sal e areia recém pisada, recém sentida, recém tocada.
Revolto-me, rendo-me, entrego-me, luto, ofereço-me, bato-me. Luto.
Sei que sou já tua e não quero. Não quero deixar de ser minha!
E vens nova vaga ondulada, salgada, húmida.
Deixando marcas no areal.

És furiosa tempestade e desejada bonança.
Quem és tu que esperava já? Corpo salgado e alma doce, envoltente. Fascinas-me. Temperas-me o ar e em mim te tornas vela fabulosa. Adiante ao sabor do meu sonho, do teu vento, da nossa corrente.
És maré enfim. Mar calmo e onda agitada.

A aragem quente que trouxeste e a claridade morna tornam-me já rendida, esperando pelo calor daquela fogueira que com carinho ergues no meu chão. Para quê fugir desse fogo? Amanhã será cinza? Renascerei então.
Agora? Agora que me olhas com o mundo nos olhos?
Sou afinal terra conquistada.